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Uso excessivo de telas em adultos: um alerta necessário

  • Foto do escritor: Plano Angelus
    Plano Angelus
  • 13 de jun.
  • 3 min de leitura

Você sabe quanto tempo passa na frente de uma tela por dia?  


Não é novidade que o uso excessivo de telas afeta crianças e adolescentes. Esse tema já ganhou os holofotes da ciência e da mídia. Mas os adultos também estão sendo impactados, embora muitas vezes de forma silenciosa e subestimada. 


Vivemos hiperconectados. É comum acordar com o celular na mão, passar o dia entre telas de trabalho e lazer e ir dormir com vídeos ou uma rolagem rápida no feed. Essa rotina virou o novo normal, mas qual o preço disso? 


Estudos recentes indicam que o excesso de exposição às telas está diretamente associado a problemas de saúde mental, incluindo ansiedade, depressão, distúrbios do sono e até sintomas de esgotamento emocional. O que era para ser uma ferramenta, virou uma armadilha. 


Pessoa com olhando para o celular e para o computador

O uso excessivo das redes sociais tem efeitos semelhantes ao do álcool e do cigarro


Uma revisão publicada no periódico PLOS Global Public Health trouxe um dado alarmante: o uso abusivo de redes sociais pode ser tão prejudicial quanto o consumo de tabaco e álcool, contribuindo para sintomas depressivos.


Além disso, fenômenos recentes como o brainrot (sensação de “mente derretida” após consumir conteúdos rasos e repetitivos) e o burnon (exaustão causada por excesso de conectividade) ganham força, evidenciando um novo tipo de cansaço mental, profundo e invisível.


Sinais de que o tempo de tela está passando dos limites


Se você se identifica com alguns dos sintomas abaixo, é hora de ligar o sinal de alerta:


  • Irritabilidade e impaciência fora do ambiente digital


  • Insônia ou dificuldade para relaxar à noite


  • Ansiedade constante e dificuldade de concentração


  • Dores no pescoço, costas ou nos olhos


  • Sensação de vazio ou tristeza após sair das redes


  • Necessidade compulsiva de checar o celular


  • Perda de interesse por atividades offline que antes davam prazer


  • Dificuldade de manter foco em conversas e tarefas simples


Muitas vezes, esses sinais só são percebidos quando o impacto já chegou à saúde mental ou ao convívio social.


Por que o uso excessivo de telas afeta tanto a mente?


A resposta está no cérebro. O tempo todo estamos consumindo conteúdos curtos, rápidos, superficiais e repetitivos. Vídeos de poucos segundos, memes, manchetes soltas, desafios... tudo isso gera uma descarga constante de dopamina, o neurotransmissor do prazer. Mas esse mecanismo de recompensa vicia. Assim como acontece com jogos de azar ou substâncias químicas, o cérebro “pede mais”.


O problema? Esse excesso diminui a capacidade de concentração, prejudica a memória de curto prazo, reduz a empatia e enfraquece o autocontrole emocional.


Além disso, a hiperconectividade rouba tempo e energia de outras atividades fundamentais, como:


  • Praticar esportes


  • Ter contato com a natureza


  • Conversar com pessoas queridas


  • Investir em hobbies e no autoconhecimento


5 atitudes práticas para equilibrar a vida digital


Não é preciso (nem possível) abandonar completamente a tecnologia, mas é urgente encontrar equilíbrio. Aqui vão dicas práticas para quem quer começar a desacelerar:


1. Use o celular como ferramenta, não como distração


Antes de desbloquear o aparelho, pergunte a si mesmo: “Por que estou fazendo isso agora?” Se a resposta for “só por tédio”, experimente adiar e fazer outra coisa.


2. Crie zonas livres de tela


Evite o uso de dispositivos em momentos-chave: na primeira hora do dia, durante as refeições, e na última hora antes de dormir. Estabelecer limites ajuda o cérebro a relaxar.


3. Desative notificações não urgentes


Barulhos e alertas constantes fragmentam sua atenção e aumentam a ansiedade. Mantenha apenas o essencial ativado.


4. Agende pausas ao longo do dia


A cada 60 minutos diante da tela, faça 10 minutos de algo offline: caminhe, beba água, respire fundo. Isso ajuda a descansar os olhos, a mente e o corpo.


5. Redescubra o prazer do mundo fora da tela


Resgate um hobby manual, leia um livro físico, cuide de plantas, cozinhe com calma. O retorno dessas pequenas experiências ao cotidiano faz uma enorme diferença no bem-estar.


Conecte-se menos com o digital, e mais com o que importa


Estar online é inevitável, mas estar presente é uma escolha.

Não se trata de excluir a tecnologia, mas de usá-la com mais consciência, para que ela não roube sua saúde, seu tempo e sua paz.


Observe seus hábitos, cuide da sua mente e priorize o que te faz bem na vida real.


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